domingo, 18 de dezembro de 2011

Doce Ardor

Minha poesia é minha história.
Nela, em versos soltos de mim,
descrevo meu momento impar,
singular,
sem esperar ponto
ou outra virgula.

Como numa receita de sabor pessoal
onde descrevo,
com o tempero da minha paixão,
meu prato predileto:
a vida.
Minha vida!

Vai que os anos me esqueçam
(porque eu esqueço dos anos),
ainda restará nos meu livros
esta culinária
cozinhada dia a dia
na rotina dos meus dias.

E hoje, meu bem,
Nas minhas antologias,
te descrevo delicadamente,
com uma pitada de cereja e outra de pimenta,
para dar um doce ardor à minha poesia.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Vazio - Tal Qual em São Leo...

Um mar, que imagino ainda esteja
Dum outro lado desta parede branca.
Tal qual em São Leo.

Um vento sul, escuro e mudo
Soprando entre as janelas surdas.
Tal qual em São Leo.

Um céu sem brilho de clara íris de seda,
Cobrindo meus olhos caídos.
Tal qual em São Leo.

Uma sala, vazia, com poemas soltos
Acariciando os pés de minh’alma.
Tal qual em São Leo.

Um, por que sempre só, esquecido
Num espaço sombrio, sozinho.
Tal qual em São Leo.

Está tudo como é de sempre, praxe.
Só não está, João, o som do teu violão.
Tal qual em São Leo.