segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Un Regalo

um "regalo".
(?)
(!)
contive-me.
observei a chama do isqueiro balançando contra meu carbono.
corri o canto da boca para um suspiro.
solucei.
a chama me chamou.
não ouvi, apagou.
meus pés estão gelados como beijos artísticos.
chove e molha.
e uma viajem lusitana?
Por que não?
Abujanra tem razão: não aguento mais esta cidade.
será a cidade?
ou não me aguento mais?
se tivesse dito tudo que tinha pra falar na beira do Guaiba.
ah, maldita lágrima!
chamo a chama.
inspiro fundo.
fumaça branca.
clamo meus pés.
até.
até.
até um regalo...

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Ed Motta



Ed Motta é Phoda!
Fica essa função de modinha e novas bandas e novos sons e novas novidades, que, não sei, paro pra escutar este cara e fico pensando: pora, será tão dificil ser somente isto?



...

sábado, 13 de novembro de 2010

La garantia Soy Yo! - Teatro Velho do Saco

Depois do grande sucesso* do Analista de Bagé, o Velho do Saco Grupo de Teatro, de São Leopoldo, paga carona no delírio cômico da cena cênica atual e estreia La Garatia Soy Yo - stand up comedy universitário, com Leandro Coimbra e Zé Roberto Soares Jr.
Sem muito mais a dizer, segue o cartaz e o convite.


*com e sem falta modéstia



quarta-feira, 10 de novembro de 2010

VERBORRAGIABREU

coberto de cinza, o dia revela-se pouco nos intervelos interpassados do rélogio de pulso cor de cobre latão metal refletindo as poucas novidades que a rua ainda consegue revelar. hoje. disposto entre ontem e amanhã, interrogação e exclamação, ponto e virgula, eletrons e neutrons, reticiências continuas, amiúde, o desvelar constante da rotina inédita, a velha e boa pós modernidade, a utopia, os cigarros na sacada, as linhas que se escrevem e as linhas que se lêem...
um falso brilhante. olhei para o lado e pensei ter visto o brilho dos teus olhos. mas teus olhos não brilham, oscilam entre cinismo e tristeza. antes que anoiteça eu troco a resistencia do chuveiro e tomo um banho morno. solitário. morno. e coloco a lampada no quarto. vou poder ler deitado. quem sabe durma lendo. solitario. lendo.
no ar tem um cheiro de testosterona. a velha calça jeans desbotada eleva-se excitada. recolho o guardanapo e o asco, jogo 5 reis sobre o balcão e esqueço de depedir-me da castelhana que me servia. sigo pra casa no caminho cinza, coberto de fuligem metálica, revelando as sombras entre cada paralelepipedo que observo antes de pisar. ainda não anoiteceu. vou tomar um banho morno e ler antes de dormir. sozinho.