terça-feira, 5 de julho de 2011

pequeno diario abordo

terça feira. frio. manhã.

aqueço meus dedos num exercicio continuo, um traquetar silencioso, sobre as teclas do meu computador. necessariamente não sei o que quero dizer com isto, mas, aqueço-me. a cafeteira vez por outra chia algum ultimo gole de agua fervente e me distrai num dialogo elétro doméstico. curvo uma perna sob meu corpo, entre a poltrona, para não gangrenar. não que eu tenha pra onde ir (ou ao menos saiba pra onde ir), mas é importante manter a esperança amarrada em cadarços de All Star. espio o sol pela cortina azul e me pergunta se realmente o sol está lá fora. poderia ser mais uma ilusão de minha mente já fatigada com a realidade. assim como daquela vez em que disse que te amava. aliás, tem sido cada vez mais dificil entender esta metáfora. siceramente tem sido dificil entender uma porção de coisas. mas também, que espécie de texto é este que procurar tentar explicar alguma coisa? convenhamos, meu caro poeta: amanhã amanhecerá novamente e assim será continuamente com poesia ou sem, com você ou sem. ora, lástima! abra uma garrafa, guarde a rolha, tempere a salada com lagrimas, silencie, desapareça entre a multidão, negue a si mesmo, reconcilhe-se, esqueça e sinta saudade. mas não me venha com perguntas retóricas e desesperos rasos!
por que, no fim, meus dedos ainda estão gelados...

Um comentário:

  1. Ainda tens os dedos, o que é bom...
    e como dissera Quintana, Todos poemas são de amor...

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