de madrugada fico observando a mim mesmo pela janela e, pode acreditar, é sobre você que estou escrevendo. sempre é. algumas coisas definen-se pela sua exatidão, porque mesmo a exatidão requer parametros e não há parametros primais. o resultado da soma é o objetivo da escolha. a lua brilha embassada. lembra aquele versinho escrito em papel de pão? ainda vale. ainda é inédito...
de madrugada fico dedilhando coisas que depois apago. como um naufrago arremessando garrafas poeticas ao mar e deixando a maré desaparecer com elas. como uma pétala de sal. talvez por que existe, sim, um medo de se encontrar... te encontrar...
de madrugada morro e renasço. escrevo e apago, mas nunca minto. por que é de madrugada que meu fantasma favorito vem acompanhar-me no sofá de veludo vermelho. e é sempre sobre vc que estou escrevendo...
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
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